“Mais três dias de festa, mas com os mesmos custos”

A Festa das Cruzes tem este ano mais três dias, mas o presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, salienta que os custos são praticamente os mesmos do ano passado: 305 mil euros. Um investimento que tem retorno através do impacto na economia local e na promoção do concelho fora de portas, uma vez que a Festa das Cruzes é um excelente cartão de visita para quem visita a cidade.

Este ano a Festa das Cruzes tem mais três dias, porquê?
Tem que ver com as empresas de entretenimento, com a nossa economia. Fizemos um esforço para incluir o 25 de Abril que está muito próximo do calendário das Cruzes e é um grande momento de alegria. Todos os anos temos esta dificuldade de jogar com o domingo e o feriado municipal e então decidimos fazer mais três dias de festa, mas com os mesmos custos. Optámos por alongar o cartaz da festa abrangendo também a comemoração do 25 de Abril. Houve quem achasse que seria por estarmos em ano eleitoral, mas não tem nada a ver, porque não é a fazer mais três dias de festa que se ganham eleições. Prolongámos a festa por causa do calendário e porque não haveria custos financeiros superiores.

A festa custa 305 mil euros, mais 2 mil do que no ano passado, mas é um investimento com retorno para o concelho?
O orçamento é de 305 mil euros, mas depois temos também as receitas oriundas da ocupação dos espaços públicos. Tem, de facto, um forte impacto na economia local, nomeadamente na restauração, turismo e comércio. Não temos dúvidas de que há retorno deste investimento para as empresas e consequentemente para o Município.

O cartaz desta edição é o que desejava ou o que foi possível?
O programa das Cruzes é todo ele vasto e rico. Não gostava de evidenciar nenhum dia ou artista porque todos são importantes. Há uma coisa de que não adbicamos: é uma festa popular e, portanto, tem muitos artistas e associações de Barcelos, porque a cultura é mesmo isto. Temos 306 associações no concelho, é uma riqueza de que não podemos abdicar. O Mickael Carreira, os Amor Electro e outros artistas têm que ver com a nossa preocupação para que o programa abranja todas as faixas etárias.

Há a preocupação de dar palco aos artistas locais?
Com certeza, mais do que ninguém o Município tem que promover os seus próprios artistas.

A Batalha das Flores junta várias associações do concelho e traz muita gente de fora…
É um espectáculo único! Quem não conhece tem mesmo que vir cá. A Festa das Cruzes é feita para os barcelenses mas também para quem vem fora. A Batalha das Flores é uma das grandes referências das Cruzes. Fazemos um combate saudável de flores em que descomprimimos e convivemos. Com estas iniciativas esquecemos momentamneamente os problemas que a vida nos dá.

Outro ponto alto é a procissão das Cruzes no feriado municipal, 3 de Maio. Como é feito o equilíbrio entre o religioso e o profano?
A Igreja tem as suas normas, mas tem um espírito para esta ligação perfeita entre o profano e o religioso. A Igreja entende que o profano é um espaço de cultura popular e esta ligação tem corrido sempre bem. A Paróquia de Barcelos participa de forma activa. A procissão é uma beleza única, que não há no país nem no mundo, porque traz para o espaço público as 89 cruzes das 89 paróquias de Barcelos.

Quantos visitantes terá a Festa das Cruzes?
Calculamos que durante os dias da Festa das Cruzes visitarão Barcelos um milhão de pessoas. É uma estimativa por baixo, acreditamos que sejam mais.

O Bamos às Cruzes veio dar outra vida outra vida à Festa?
É uma iniciativa que pretende satisfazer os jovens e não tenho dúvida nenhuma de que traz um contributo muito postivo.

O que pode esperar quem visita a Festa das Cruzes?
Os barcelenses são um povo hospitaleiro, sereno e que sabe receber bem. Temos muita diversidade, qualidade e quem nos visitar uma primeira vez com certeza que voltará. Barcelos tem uma zona historia muito bonita, um artesanato muito bonito, uma excelente gastronomia. Temos todos os componentes para quem nos visitar ficar satisfeito. Vale a pena vir a Barcelos.

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