O Óquei de Barcelos conquistou a Taça Cers pelo segundo ano consecutivo – a terceira na história do clube. A formação barcelense venceu na final o Viareggio, que jogava em casa, por 4-2.
João Guimarães, Hugo Costa, Ruben Sousa e Miguel Vieira foram os autores dos golos do Óquei de Barcelos. O Viareggio marcou primeiro, mas os barcelenses chegaram ao empate ainda na primeira parte.
No segundo tempo, o Óquei de Barcelos deu a volta ao marcador e ampliou para 3-1. A formação dos irmãos Bertolucci, bem conhecidos dos barcelenses, tendo representado o Óquei vários anos, ainda reduziu, mas perto do apito final Miguel Vieira, de livre direto, dissipou as dúvidas.
O troféu vem, mais uma vez, para Barcelos, depois de na época passada a equipa de Barcelos o ter conquistado em casa. É mais uma página dourada na história do clube.
“A história do clube não se escreve a lápis”
Luís Querido, capitão que pelo segundo ano consecutivo levantou a Taça Cers, estava radiante com mais uma conquista importante para o clube do seu coração: “Estamos super orgulhosos por aquilo que fizemos por Barcelos, por ver que as pessoas valorizam o nosso sacrifício”.
O filho de José Querido, velha glória do Óquei, já tem também o seu nome gravado na história do clube: “”Mais do que eu ficar na história do clube, o que importa é que a história do clube não foi escrita a lápis e nunca ninguém vai apagar o que o Óquei já conquistou”, afirma Luís Querido, ainda a recuperar das mazelas causadas por uma bolada no jogo da final que lhe partiu dois dentes e cortou o lábio.
Os jogadores do Óquei de Barcelos estavam felicíssimos com a receção dos adeptos à chegada a Barcelos. “Estávamos à espera de uma boa receção, mas acho que superou tudo. No ano passado, pelo facto de ser em casa já estávamos um pouco à espera. Este ano, não sabíamos mas fomos recebidos por esta multidão com este apoio fantástico. Muito bom”, afirma Ricarido Silva.
O experiente hoquista Reinaldo Ventura sublinha que “é algo de memorável que nos vai ficar na memória para sempre, porque pouco clubes têm esta envolvência”. “Logicamente para nós ganhar fora foi muito mais complicado porque estávamos num ambiente hostil, contra uma equipa de ‘champions’. E estamos muito felizes, sei que todas estas pessoas dao valor ao que fizemos e por isso é que aqui estão”, acrescenta.
Hugo Costa fala de uma “sensação fantástica”: “É fabuloso, porque é o clube do meu coração, é a minha cidade. Não estava à espera de uma receção tão boa como esta, acho que superou a do ano passado. Temos um coletivo muito forte, o balneário é muito forte e esse é o segredo das nossas vitórias”.
> Paulo Pereira feliz por ter aceitado convite do Óquei de Barcelos
“Ainda estou emocionado com esta receção”
Há dois meses, Paulo Pereira ainda estaria longe de imaginar que celebraria o seu primeiro título europeu como treinador. O ex-treinador do Valongo, então há um ano sem treinar, foi o escolhido para substituir Paulo Freitas no comando técnico dos barcelenses e manteve que a reconquista da Taça Cers era o principal objetivo da época. Está cumprido.
“Ainda bem que aceitei o convite deste grande clube”, afirmou o treinador, aquando da chegada a Barcelos. “Ainda estou emocionado com esta receção. Já sabia que os adeptos de Barcelos eram fantásticos, estou muito orgulhoso de representar este clube e eles também merecem esta reconquista porque estão sempre presentes nos bons e nos maus momentos”.
Paulo Pereira lembra, ainda, que esta conquista também se deve ao mérito do seu antecessor: “O Paulo Freitas e seu adjunto fizeram o percurso até aqui e por isso tem quota parte do sucesso é da antiga equipa técnica”.