O Pereira sagrou-se pela primeira vez na sua história campeão da Primeira Divisão do Campeonato Popular, título alcançado na última jornada após intensa disputa com o Leões da Serra, que procurava o bicampeonato.
José Gonçalves, presidente do Pereira, afirma que o título era um objetivo desde o início da época: “Isto foi traçado desde a primeira reunião que tive com os jogadores, porque entendia que estes atletas têm muitos anos de Pereira e não podiam deixar o futebol sem ter um prémio que fizesse ao jus ao que tem feito e o título de campeão assenta-lhes muito bem”.
Após a vitória sobre o Palme, que garantiu o feito histórico, “a festa foi longa”, conta o dirigente: “Fizemos a nossa vinda do campo do Palme até Pereira em caravana, passámos pelo centro da cidade e fomos fazer todas as ruas da freguesia. O almoço foi servido no nosso campo de futebol e só chegámos lá às três da tarde”.
Serginho, o treinador responsável pela conquista, salienta que “os campeonatos ganham-se desde a primeira jornada”, ele que chegou ao comando técnico a meio da temporada. “Já apanhei este barco em andamento e não trouxe muito de diferente em termos de jogo. Se calhar motivei-os mais na parte psicológica, que estaria mais afetada, porque a equipa não estava crente no sonho. Coremos sempre atrás do sonho. Queríamos chegar ao primeiro lugar e quando lá chegássemos nunca mais o deixaríamos e foi o que aconteceu. Nos últimos jogos a equipa estava muito segura”.
José Gonçalves é campeão no seu primeiro ano como presidente: “Tenho um histórico neste clube como jogador por vários anos, também como diretor desportivo, depois estive afastado alguns anos e regressei como presidente, foi o primeiro ano mas tenho que reconhecer que havia uma estrutura montada pelas direções anteriores a quem tenho que agradecer”.
Quando o presidente convidou Serginho para treinar a equipa pediu-lhe o título. O treinador confessa que achou que o presidente “estava maluco” por ir contratar um treinador que “não tinha noção da realidade do Futebol Popular em Barcelos” e pedir-lhe para “ser campeão”. “Mas não foi difícil convencer-me, porque gosto de me pôr à prova e isto foi um teste às minhas capacidades. Tive que adaptar-me à realidade do Popular”. Agora mais por dentro do Popular, o técnico avalia que o Campeonato “é muito competitivo e tem uma estrutura bem montada”.
No entanto, não adianta se irá continuar para atacar o bicampeonato. “Ainda estou a comemorar. As portas estão abertas, nunca as fecharei ao Pereira e nunca tomarei qualquer decisão sem falar com o presidente”.
José Gonçalves afina pelo mesmo diapasão (“é tempo de festejar e descansar”) e sublinha que, na próxima temporada, o objetivo passa, naturalmente, por defender o título, o qual dedica “à massa associativa e aos adeptos que em que empurraram a equipa para esta conquista”.
