Subida à Primeira Divisão é Feito(s) inédito

Pela primeira vez na sua história, o Grupo Desportivo dos Feitos ascendeu à Primeira Divisão do Campeonato Popular de Barcelos. O clube fundado em 1986 terminou a época na segunda posição com 72 pontos, carimbando dessa forma o passaporte para o escalão maior do futebol concelhio.

Paulo César, presidente e jogador do GD Feitos, nota em entrevista à Rádio Cávado que “a subida nunca foi um objetivo traçado no início da época. O que foi pedido ao treinador foi fazer uma melhor classificação do que na época anterior (11.º)”.
Só que a meio da época, sublinha o presidente da coletividade, a equipa percebeu que podia brilhar: “Começámos a andar no topo da tabela e aí sim começámos a pensar seriamente na subida”.
Um feito histórico para o clube, mas também para a freguesia, sobretudo pela sua pequena dimensão: apenas 600 habitantes. “Sentimos dificuldade em ter jogadores da terra. Temos oito apenas. É fundamental ter o máximo possível de jogadores da terra”.
O nome de Adelino Costa fica gravado a letras de ouro na história do GD Feitos como o treinador que levou a equipa à Primeira Divisão do Popular: “Sabíamos que podíamos fazer algo extraordinário, mas mantivemo-nos sempre quietos e calados”.
Agora, na próxima época o objetivo já está traçado e é inequívoco: a manutenção. “Até porque há o pré-juízo de que para o ano será difícil porque o Feitos nunca lá esteve”, aponta Adelino Costa, acrescentando: “Mas primeiro há que dar o mérito à direção, aos jogadores e à freguesia dos Feitos, depois logo se verá… Se quisermos comparar os números dos Feitos com os da I Divisão, temos a melhor defesa, é a única sem nenhuma derrota caseira, é a equipa que na segunda volta não sofreu uma derrota e soma mais jogos seguidos sem perder – 20”.
Apesar dos bons números, o treinador reconhece que a equipa sofrerá mexidas na próxima temporada. “Temos que acrescentar experiência de Primeira Divisão. Temos tudo para o Feitos fazer uma boa época e surpreender”.
Da mesma forma que já surpreendeu esta época. O segredo do sucesso, considera o técnico, foi “uma equipa muito voltada para si”. “Olhámos sempre muito para dentro, mas houve muitas condicionantes externas porque o Feitos meteu-se numa guerra que não era dele. Ninguém estava a contar com os Feitos e isso causou engulho a muita gente”.
Detentor de campo próprio, o Feitos tem no entanto necessidades a suprir. “Temos boas instalações mas falidas”, nota Paulo César, explicando de seguida: “Temos um balneário inacabado. O piso do campo em dia de chuva fica com pedra à vista. E depois temos um bar que não é um bar, é um balcão com chapas por cima e que também acho que faz falta ao clube”.

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