Água. “Se a Câmara andou oito anos nestas confusões é porque a oposição foi fraca”, critica PCP

O PCP reagiu ao acordo da Câmara com a Águas de Barcelos para a aquisição de 49% do capital da empresa. Mário Figueiredo critica a o PS por em oito anos não ter resolvido, pelo contrário até ter agravado o problema, mas também não poupa a oposição: “A estratégia do Município foi uma trapalhada e a solução poderá ser uma trapalhada. E se o Município conseguiu andar oito anos nestas confusões todas é porque, de facto, a oposição foi muito fraca. Temos um partido que se quer afirmar como alternativa, o PSD, que é o grande responsável por este problema, e a solução que apresenta é nenhuma. A bancada do PS foi sempre acrítica em relação ao problema, tornou-se crítica no último ano mas sem grandes consequências, não tinha que ver com questões de conteúdo, mas de querelas partidárias, portanto não é de valorizar. E a posição do MIB e do Bloco de Esquerda que defendem não sei o quê… Não é possível estar a dizer que se quer a remunicipalização da água sem se lutar por ela, sem exigir que isso seja feito. E, se repararmos, a intervenção destas duas forças políticas nunca é de exigência da construção do caminho, é apontar algumas contradições e o objetivo, mas nunca se comprometeram com uma solução. Uma coisa eu sei: o BE não defende o resgate. Não defende porque foi uma solução que sempre defendemos e a partido que mais atacou a posição do PCP foi o BE”.

A solução que o PCP defende é o resgate total da concessão que ficaria por 87 milhões. Mário Figueiredo considera que é a solução mais cara no imediato, mas que no longo prazo é a que sai mais barata. E acusa o PS de ser contra o resgate: “A solução do resgate nunca foi olhada com bons olhos pelo PS. Por causa da questão política, não por causa da questão técnica ou financeira. E então como eles não podem dizer que não querem o resgate porque ideologicamente são contra, tentam levantar questões financeiras ou técnicas que não são verdade. Financeiramente, o resgate não é mais gravoso do que a outra solução. Há uma diferença de 50 milhões, é verdade, mas a concessão mantém-se, há aumentos do preço da água, somos acionistas de uma empresa falida, portanto, quantificando isto tudo, o resgate fica mais barato. No imediato já se sabe que se tem que se desembolsar mais dinheiro, mas no futuro fica mais barato”.   

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