O presidente da Câmara reagiu em comunicado ao anúncio do vereador Domingos Pereira de que iria entregar no Ministério Público e na Inspeção Geral das Finanças a documentação que tem sobre as negociações com os acionistas da Águas de Barcelos. Miguel Costa Gomes afirma que os documentos que o vereador “refere só podem ser dois: o acordo de princípio, que ele próprio assinou em 2 de novembro de 2015 com a empresa Águas de Barcelos, S.A.; e o memorando com o resumo dos acordos entre aquela empresa e a Câmara Municipal, que lhe foi entregue na sessão de 26 de junho passado. Não existe qualquer outro documento aprovado ou tornado público até à data”.
Em resposta à acusação de que a Câmara está a “ocultar” informação sobre o processo, Costa Gomes lembra que Domingos Pereira, sem pelouros desde 6 de Maio do ano passado, “esteve envolvido” nas negociações “durante mais de seis anos e não há registo de, durante esse tempo, ter levado aos vereadores sem pelouro ou à Assembleia Municipal qualquer informação”. Por isso, acrescenta o presidente da Câmara, “a informação prestada pela Câmara Municipal ao vereador Domingos Pereira é exatamente a mesma que foi prestada a todos os outros vereadores, já que nenhum razão especial lhe assiste para aceder a mais informação que os seus pares”.
Domingos Pereira disse que o presidente da Câmara “anda a brincar” com o processo da água e Costa Gomes devolve a acusação, apontando que o vereadaor “esteve mais de seis anos a negociar e nada resolveu, mas pouco mais de um ano após ter ficado sem pelouros, a Câmara Municipal e a Águas de Barcelos chegaram a acordo e apresentam todos os estudos que o sustentam! De facto, alguém andou mais de seis anos a brincar com isto”.
O presidente da Câmara conclui que as declarações de Domingos Pereira têm como objetivo “fazer um título forte para a comunicação social e tentar, a todo o custo, lançar suspeitas escabrosas sobre o processo negocial”.
