BE questiona governo sobre o estado do rio Cávado

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O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre o estado do Rio Cávado. A praga de jacintos agravou-se com a descida do caudal. Em algumas zonas do rio Cávado, particularmente junto à Ilha do Tostão, em Tamel S. Veríssimo, os jacintos formam um manto que tapam quase por completo a água.

Na pergunta colocada ao Governo, o deputado eleito pelo círculo de Braga, Pedro Soares, considera que o rio Cávado “parece estar em processo de agonia”.  O deputado bloquista lembra que o problema já origem nos finais dos anos 70 com o crescimento da indústria têxtil, as descargas das tinturarias e a intensificação das atividades agrícola e pecuária, fatores que levaram à degradação da água do Cávado.
O Bloco de Esquerda nota que “pouco ou nada foi feito para minorar o problema e a situação tem-se agravado”. Acresce que o diferendo com a Águas de Barcelos tem “impossibilitado a expansão da rede de água e saneamento e a melhoria de tratamento dos efluentes”. Recorde-se que há descargas de águas residuais diretamente para o rio porque a ETAR provisória de Areias S. Vicente não tem capacidade de tratamento.
Para o Bloco de Esquerda, a seca que assola todo o território “só veio pôr mais a descoberto a má qualidade da água do rio Cávado”. O partido alerta que sempre que o “o caudal diminui, a praga dos jacintos prolifera”, tendo como consequência a mortandade de vários organismos, especialmente peixes, devido à falta de oxigenação da água.
Por tudo isto, Pedro Soares questiona se o Governo tem prevista alguma medida urgente de controlo da praga dos jacintos, se tem conhecimento da deficiente capacidade para tratamento dos efluentes, se têm sido feitas inspeções de forma a serem detetadas fontes de poluição e se existe ou está previsto algum plano de despoluição do Cávado.

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