Insolvências de empresas caem 11,4% em outubro

As ações de insolvência de empresas registadas em outubro diminuíram 11,4% face ao mesmo mês de 2018, com 631 empresas insolventes, menos 81 que no ano passado, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira.

De acordo com o estudo, da Iberinform, filial da Crédito y Caución, no total do ano, a diminuição do número de insolvências foi de 12,74%, com 4.252 ações de insolvência contra 4.873 nos primeiros 10 meses de 2018.

As insolvências requeridas tiveram uma redução de 27,7% face a 2018, enquanto as insolvências apresentadas pelas próprias empresas baixaram 23,1% com um total de 938 empresas a requerer a insolvência.

Os encerramentos com plano de insolvência baixaram de 61 em 2018 para 45 (26,2%) e as declarações de insolvência correspondentes à conclusão de processos tiveram um aumento de 0,9%.

Segundo o estudo, Lisboa e o Porto são os distritos com mais insolvências, 867 e 1.037 respetivamente, verificando-se, face a 2018, uma diminuição de 34,6% em Lisboa e de 7,7% no Porto.

As diminuições mais acentuadas registam-se em Vila Real (44,3%), Castelo Branco (37,7%), Guarda (36,1%), Évora (28,3%), Setúbal (25,4%), Horta (25%), Viana do Castelo (19%), Portalegre (18,2%) e Bragança (11,4%).

A Madeira teve um decréscimo de 4,4% com 109 insolvências, contra 114 em 2018, enquanto nos Açores a descida mais acentuada foi registada na Horta.

Ponta Delgada teve variação nula face a 2018 (com 33 insolvências), enquanto em Angra do Heroísmo a diminuição foi de 6,3%.

Do lado das subidas, foram cinco os distritos que apresentaram acréscimos: Aveiro (2,7%), Beja (11,5%), Braga (22%), Coimbra (9,3%), Faro (7,6%) e Leiria (3%).

Já os setores com aumentos nas insolvências foram agricultura, caça e pesca (7,2%) e indústria transformadora (9,3%).

As descidas mais acentuadas verificaram-se na indústria extrativa (47,4%), eletricidade, gás, água (42,1%), comércio por grosso (23,5%), outros serviços (21,5%), comércio de veículos (17,1%), comércio a retalho (16,8%), construção e obras públicas (16,5%), hotelaria e restauração (14,5%) e transportes (4,3%).

As constituições, por sua vez, segundo o estudo, aumentaram 2,5% em outubro para um total de 3.950 novas empresas.

No acumulado deste ano foram criadas mais 4.021 empresas que em 2018 para um total de 42.026 constituições (aumento de 10,6% face ao ano passado).

Lisboa, refere, é o distrito que acolhe mais constituições (14.080), com um aumento 6,7% face a 2018, seguido do Porto, que surge na segunda posição com 7.665 novos projetos empresariais (11,8%) e o terceiro posto pertence ao distrito de Setúbal com 3.209 empresas e um crescimento homólogo de 12,7%.

Todos os distritos apresentam subidas com destaque para Braga com 3.039 empresas (aumento de 10,7%), Faro com 2.376 novas empresas (aumento de 13,3%), Aveiro com 1.996 (15,1%), Leiria com 1.528 (11%), Coimbra com 1.198 (21,3%) e Santarém com 1.114 novas constituições e um crescimento de 12,8%.

A Madeira regista um crescimento de 2,1% face a 2018 para um total de 923 constituições.

Angra do Heroísmo cresce de 106 em 2018 para 130 em 2019 (22,6%), Ponta Delgada evolui de 243 para 285 (17,3%) e na Horta o aumento é de 40,9% (de 44 para 62).

Os setores com maiores variações positivas são os transportes (125,9%), eletricidade, gás, água (72,4%), indústria extrativa (43,5%), construção e obras públicas (30,5%), telecomunicações (15,6%), agricultura, caça e pesca (14,6%), comércio a retalho (8,6%) e comércio de veículos (5%).

Apenas dois setores apresentam variação negativa, o comércio por grosso (0,1%) e a hotelaria/restauração (0,8%).

(Notícia Agência Lusa)