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Ex-agente da PJ analisa contas da Operação Tutti Frutti que envolve empresário barcelense

O Ministério Público (MP) contratou antigo diretor da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística (UPFC) da Polícia Judiciária, Edígio Cardoso, para analisar as contas da Operação Tutti Frutti, que envolve Eduardo Reis, dono de uma sociedade de Barcelos.

A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que refere que o ex-agente da PJ estava reformado há mais de um ano.

Para esta contratação, o MP justificou a delegação do caso a um perito, devido a atrasos na investigação.

O caso iniciou-se em 2017, na tentativa de desmantelar uma teia de alegados crimes de corrupção, e tráfico de influência que envolvem personalidades do PS e do PSD.

Os investigadores da Operação Tutti Frutti encontraram contratos adjudicados por três juntas de freguesia lideradas pelo PSD a empresas de militantes sociais-democratas, em montantes superiores a 1 milhão de euros.

Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, e Carlos Eduardo Reis, dono de uma sociedade de Barcelos que lucrou com tais adjudicações, são os principais suspeitos do caso por corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio.

Sérgio Azevedo, ex-deputado do PSD, foi constituído arguido em novembro de 2018, depois de terem sido encontrados emails comprometedores que terá dado instruções detalhadas a empresários amigos sobre como podiam assinar contratos por uma das juntas de freguesia de Lisboa.