Mulheres Socialistas não aceitam um homem em 2º lugar na lista à Câmara

Armandina Saleiro, Presidente da Concelhia de Barcelos das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos, em nota enviada às redações, refere que “as mulheres socialistas não aceitam um homem em 2º lugar na lista à Câmara Municipal de Barcelos, que a imposição da Federação de Braga vai contra os princípios do PS em matéria de igualdade e que as mulheres socialistas aprovam por maioria moção em comissão política concelhia”.

Leia o comunicado na íntegra:

“As Mulheres Socialistas de Barcelos, não aceitam um homem a número dois na candidatura à Câmara Municipal de Barcelos, pelo Partido Socialista, que a Federação de Braga quer impor, por violar de forma declarada os princípios e orientações do PS a nível nacional, bem como as regras da paridade e de igualdade.

A moção aprovada hoje pelas mulheres socialistas de Barcelos vai precisamente nesse sentido, na sequência da Federação estar a tentar condicionar a elaboração das listas e querer colocar um homem em segundo lugar, em detrimento de uma mulher.

Saudamos a intenção já declarada pelo candidato à Câmara, Horácio Barra, de apresentar uma lista com absoluto respeito pela lei da paridade e igualdade de género, na proporção de 50-50, aliás na tradição socialista e na defesa dos princípios consagrados pelo PS.

Recusamos liminarmente qualquer tipo de ingerência ou tentativas de condicionar as mais básicas regras da paridade e igualdade de género.

Congratulamo-nos e damos o nosso apoio à designação de Horácio Barra, como candidato à Câmara Municipal, acompanhando a deliberação do Secretariado da Comissão Política Concelhia de 1/03/2021 e a decisão da Direção Nacional do PS, comunicada em 23/03/2021.

Assim, não aceitaremos nenhuma lista que não cumpra o atrás referido e estamos disponíveis para, com o candidato, encontrar as melhores soluções que contribuam para a unidade do PS e para uma vitória expressiva nas eleições autárquicas de 2021.Numa altura em que celebramos 47 anos da revolução de Abril e em que tem sido feito um longo caminho no sentido da igualdade do género e de participação ativa das mulheres na política e na vida cívica, não podemos aceitar decisões contrárias a estes valores, mais ainda quando resultam de imposições externas.”

Foto: Redes Sociais

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