Sala de Insígnias para preservar e dar a conhecer História da Misericórdia de Barcelos

Criada, inicialmente, com o “propósito de recuperar um conjunto de paramentos antigos”, a ideia
evoluiu, depois, para “uma oportunidade ou pretexto de expor alguns dos símbolos e representações figurativas que, de certa forma, ajudam a contar a vivência e momentos importantes da vida da instituição, nomeadamente da vivência do culto”. Assim surgiu a Sala de Insígnias da Irmandade – que integra o Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos –, ontem inaugurada.


Intimamente ligado ao culto religioso, o espaço reúne bens culturais, tais como pinturas/quadros,
ourivesaria, utensílios e alfaias litúrgicas e paramentaria e, ainda, as bandeiras com as insígnias da Paixão do Senhor, bem como as insígnias da Irmandade (bandeira histórica e varas). Estão igualmente expostos retratos de benfeitores da instituição, promotores da assistência e beneficência, ao longo dos tempos.
O propósito é, assim, o de preservar, mas também dar a conhecer, conforme sublinha o provedor da Misericórdia de Barcelos, Nuno Reis: “A Sala de Insígnias da Irmandade tem o propósito, ao mesmo tempo, de recuperar peças antigas ou a necessitar de reparação, e de terem um espaço de exposição permanente e que será partilhado com o público, partindo do princípio de que uma instituição com mais de cinco séculos tem necessidade de dar a conhecer aquilo que foi a sua História ao longo do tempo e também sensibilizar e ensinar, desde logo as gerações mais jovens, para a necessidade e para a nobreza de servir o próximo”.
A Sala de Insígnias da Irmandade foi inaugurada esta quinta-feira, ao final da tarde, numa cerimónia que contou com a presença de Irmãos e colaboradores da instituição, bem como do Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. José Cordeiro.
Santa Casa de Barcelos é “um exemplo bem conseguido”
Antes da inauguração, o Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas fez uma visita às duas estruturas residenciais para pessoas idosas, contíguas ao edifício-sede, e ao Núcleo Museológico e Arquivo Leonor.


Daquela que foi a sua primeira visita à Misericórdia de Barcelos, D. José Cordeiro leva “uma imagem muito positiva” da instituição, nas “multivalências que esta Santa Casa tem e das quais serve o maior bem comum, na saúde, setor social, educação, também no património, na cultura, na vertente espiritual”, o que, sublinhou, “faz desta Santa Casa um exemplo bem conseguido dessa harmonia em todas as dimensões”. Concretamente em relação à Sala de Insígnias da Irmandade, “um lugar da memória”, D. José Cordeiro lembrou que “as insígnias são indicadores do passado, mas também do presente, porque ainda são usadas ao longo do ano, em momentos de liturgia, de devoção no âmbito popular e noutros momentos da vida da Santa Casa”.
A Sala de Insígnias da Irmandade pretende, precisamente, refletir momentos-chave da vivência religiosa e de grande significado na História da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, traduzindo igualmente um reforço da aposta na Cultura por parte desta instituição barcelense.

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