O auditório da Ucha, em Barcelos, tornou-se pequeno para todos os que
queriam assistir à estreia da peça “Morto e abandonado” do grupo de teatro
amador, esta segunda-feira à noite.
“Foi impressionante, nem o extremo calor que se fez sentir afastou o público.
Nós contámos mais de 230 pessoas, quando lugares sentados só existem 170.
Houve até quem tentasse ver em cima de cadeiras, já fora das portas”, conta o
presidente e encenador do grupo Os Pioneiros da Ucha, Filipe Gomes.
Com momentos de sátira, a trama desenrolou-se à volta de um morto que recusa
a condição e, nesse impasse, descobrem-se segredos que surpreendem a
família.
Joana Fortes já acompanha o trabalho do grupo há vários anos e faz questão de
trazer os filhos: “O teatro cria memórias e leva-nos a ver encenadas realidades
de uma forma engraçada. Nesta peça, a morte é tratada com leveza o que
também acho que é importante, mesmo para os mais novos”.
A noite foi de várias estreias, Lara Simões e Sara Oliveira, ambas com 16 anos,
subiram ao palco pela primeira vez como atrizes.
“Foi uma mistura de emoções, com muito nervosismo e algum receio de não
corresponder às expectativas. Porém, no final de tudo o esforço em cada ensaio
valeu a pena”, comentou Lara. Já Sara não se sentiu nervosa: “Estava muito
calma e só deixei fluir, foi uma ótima estreia”.
Também Rafael Oliveira, com 10 anos, teve a sua primeira participação como
figurante. Os três jovens estreantes são filhos de membros seniores do grupo.
“O ambiente familiar também é uma marca característica nossa”, explica o
presidente e encenador d’Os Pioneiros da Ucha.
O espetáculo deu arranque à semana cultural da freguesia da Ucha, organizada
pelo Centro Social D. Ernesto Costa.
#pioneirosdaucha