Barcelenses recordam magia e a infância na Festa das Cruzes
A Cávado foi para a rua ouvir os barcelenses sobre a Festa das Cruzes.
Elisabete Araújo, disse-nos que “Sou da aldeia, e não tinha meio de transporte para ir para as Cruzes, os meus pais não nos levavam, então tínhamos de apanhar autocarros. Eu recordo-me que nem sequer de autocarro sabia andar. Apanhei um autocarro e andava meio perdida. Sei que levei uns trocos para andar nos carrosséis pela primeira vez.”
Cátia Araújo, disse que o que me “lembro das Cruzes da minha infância é que era uma grande romaria e a gente estava ansiosa para chegar a essa época do ano para poder ir para lá. O que mais me lembro era dos carrinhos de choque. Fui atropelada por um e acabei no hospital, mas nada de grave. No ano a seguir voltei andar.”
Cristina Silva é da Póvoa do Varzim “Quando era mais nova vínhamos todos. Os meus tios, os meus primos. Era muito fixe por causa dos carrosséis. Essa festa era uma das que fez parte da nossa infância. Era marcante porque a festa era mesmo grande. […] Ainda vou com os meus filhos e as namoradas, comer pão com chouriço.”
Francisca Oliveira, disse que quando era nova “vinha sempre todos os anos às Cruzes. Era uma coisa que não podia faltar, era uma emoção muito grande. Na altura gostava da parte da diversão para as crianças e depois o fogo maravilhoso que tínhamos na ponte. É uma das coisas que me marcava mais.”
Raquel Pereira, lembrou que “Eu ia à Festa das Cruzes com os meus pais. Estava sempre à espera do dia em que íamos, para andar nos aviões. Adorava andar nos aviões. Lembro-me de andar com o meu pai nos carrinhos de choque, era espetacular, tinha 8/9 anos. Depois íamos lanchar numa barraquinha que tinha lá. Este ano conto ir às Cruzes com toda a certeza.”
Miguel Costa, falou do ‘antigamente’, lembrando que se “[Antigamente] vivia a festa de maneira diferente. O que mais gostava, nem era brincar. Era tentar arranjar uma namorada, era jovem, então queria arranjar uma moça para namoriscar. Bons tempos. […] Todos os anos vou às Cruzes e é sempre bom, vemos gente amiga que já não vemos há longa data.”
Anjos Costa