A Guarda Nacional Republicana (GNR), face ao agravamento do risco de incêndio em algumas zonas do território nacional, motivado pelas condições meteorológicas, alerta para a necessidade de redobrar a atenção e para a adoção de ações preventivas.
Neste contexto, a GNR tem vindo a reforçar, de forma significativa, o seu empenhamento na prevenção e no combate aos incêndios rurais, intensificando o patrulhamento de visibilidade e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo. Estas ações são desenvolvidas pelas suas valências de Proteção da Natureza e do Ambiente, Proteção e Socorro, Territorial e Investigação Criminal, com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas.
A GNR apela, uma vez mais, ao sentido de responsabilidade de todos os cidadãos, salientando a importância de evitar comportamentos que possam desencadear incêndios, nomeadamente:
- Fumar, fazer lume ou fogueiras;
- Realizar queimas ou queimadas;
- Lançar foguetes e balões de mecha acesa;
- Fumigar ou desinfestar apiários sem dispositivos de retenção de faúlhas;
- Circular com tratores, máquinas e veículos de transporte pesados sem extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés.
A título preventivo, a GNR recomenda ainda à população que:
- Acompanhe os avisos meteorológicos e os níveis de risco de incêndio através dos canais oficiais;
- Informe imediatamente as autoridades (112) em caso de fumo ou fogo;
- Evite deslocações desnecessárias a zonas florestais nos dias de maior risco.
A Guarda Nacional Republicana mantém-se empenhada na proteção das pessoas e do património, apelando à colaboração de todos para prevenir comportamentos de risco e contribuir para a preservação da floresta e da segurança coletiva.
A GNR, desde o dia 16 de fevereiro, está a realizar a Campanha Floresta Segura 2025, através da execução de ações de sensibilização, de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais, de investigação de causas dos crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas, de forma a prevenir, detetar, combater os incêndios rurais e reprimir atividades ilícitas, procurando garantir a segurança das populações e a preservação do património florestal.
Nesta sequência, a GNR registou, até ao dia 14 de setembro de 2025, um total de 7 280 incêndios florestais, tendo sido possível apurar, no âmbito das investigações das causas dos incêndios que, destas ignições, 26,0% tiveram causas indeterminadas por ausência de elementos (1410 casos), 26,0% resultaram de incendiarismo (1407 casos), 24,6% foram causadas pelo uso do fogo (1330 casos resultantes de queimas de lixo, queimas e queimadas, lançamento de foguetes, fogueiras, fumar, entre outros), 13,6% tiveram origem acidental (736 casos resultantes de utilização de maquinaria e/ou equipamentos, entre outros), 8,0% ocorreram por reacendimento (435 casos), 1,2% tiveram origem por causas naturais (64 casos que resultaram da queda de raios, entre outros) e 0,6% tiveram origem em causas estruturais (31 casos resultantes de atividades de caça e vida selvagem, uso do solo, entre outros).
No que respeita à vigilância e deteção de incêndios, até à mesma data, a GNR elaborou 2 671 autos de contraordenação (dados provisórios), dos quais 2 239 por falta de gestão de combustível, 398 por uso indevido do fogo e 34 por condicionamento de acessos.
Tendo em consideração o trabalho preventivo, de vigilância e de deteção desenvolvido ao longo deste ano, registaram-se 52 detenções em flagrante delito pelo crime de incêndio florestal. Foram ainda identificados 651 suspeitos, pela prática deste crime.
A GNR tem vindo a intensificar os esforços de investigação, com o objetivo de apurar com rigor as causas de cada ocorrência. Trata-se de um trabalho contínuo, que procura dar resposta no mais curto espaço de tempo possível.
Adicionalmente, no âmbito da vigilância e deteção de incêndios, foram realizadas, até 14 de setembro, 45 238 patrulhas e 5 463 ações de sensibilização, tendo sido possível alcançar 101 865 pessoas.
A proteção da floresta e das populações é uma responsabilidade de todos. A atuação preventiva de cada cidadão é essencial para evitar tragédias e preservar o nosso património natural.
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção ambiental e dos animais. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.
Fonte: GNR