A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos comemorou, este sábado, 526 anos de “compromisso com os outros”, numa cerimónia onde se celebrou o passado, reconheceu o presente e apontou ao futuro, pedindo forças para o construir.
Perante colaboradores, órgãos sociais, instituições e entidades parceiras, bem como a restante comunidade que se juntou neste momento festivo, prestou-se tributo a quem contribuiu e contribui, ainda hoje, para a história de “uma das mais antigas instituições de fazer bem e bem-fazer do país”.
Na sua intervenção, o provedor da instituição, Nuno Reis, foi partilhando boas notícias, que sustentam o importante papel desta Santa Casa. Entre elas: a ampliação do Centro Social de Silveiros, cuja empreitada está na reta final; a aprovação dos relatórios finais dos concursos relativos às obras de melhoria e alargamento do Infantário Rainha Santa Isabel e do Centro Infantil de Barcelos; a assinatura, com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, de um contrato de financiamento que permitirá intervir e melhorar, ao longo dos próximos anos, as condições de 29 frações da área de habitação social da SCMB. “Pensar, trabalhar ideias, desenhar projetos, apresentar candidaturas, criar e aproveitar oportunidades de apoio, é uma vertente incontornável da nossa ação”, sublinhou o dirigente, completando, logo depois: “Olhar para o devoluto, ousar reabilitá-lo, transformá-lo, devolvê-lo à comunidade a que foi útil e de cuja história coletiva é indissociável – veja-se esta Igreja -, mais do que uma inspiração, tem-se tornado um modo de vida”.
A atuação da SCMB, desde 1499, assenta na ação e intervenção na comunidade, ao serviço, e no “compromisso com os outros”. Um trabalho reconhecido, já antes, pelo Cónego Luís Miguel Figueiredo: “Claro que podemos e devemos fazê-lo de forma individual, mas é muito bom que haja instituições que organizem esse mesmo bem, que organizem o modo como podemos prestar um serviço bom e de qualidade. E as Santas Casas da Misericórdia são o melhor exemplo que temos em Portugal, quer pela sua longevidade, quer pela sua amplitude”.
No decorrer da celebração, o Cónego Luís Miguel Figueiredo deu, ainda, graças por todos os que, ao longo de 526 anos, “fizeram o bem bem-feito, através da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos”, fazendo com que “muita gente pudesse ter cuidados de saúde, de sufrágio, apoio cultural, apoio social, e tudo isso motivado pela fé em Jesus Cristo”.
A eucaristia de ação de graças, na Igreja da Misericórdia de Barcelos, foi presidida pelo Cónego Luís Miguel Figueiredo e concelebrada pelo padre Adélio Fonte.
“Laços que construímos”
Na sua intervenção, o provedor da SCMB, Nuno Reis atentou “nos laços que construímos dia a dia” e “na humanidade natural que colocamos nos pequenos gestos a servir quem servimos hoje e quem serviremos no futuro”. Foi pretexto para, no final deste dia festivo, prestar a devida homenagem a 31 colaboradores que completam, este ano, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 anos de serviço, enaltecendo o seu “percurso profissional, serviços prestados e dedicação à Instituição e às Pessoas que servimos”. Foram ainda reconhecidos 11 colaboradores que se aposentaram neste ano civil.
Ao princípio da tarde, a abrir a celebração dos 526 anos da Misericórdia de Barcelos, decorreu uma visita guiada ao Arquivo Leonor, com exposição do documento fundacional da instituição, evidência documental de que, em 1499, já existia a Misericórdia de Barcelos, sendo uma das Santas Casas mais antigas do país.
Fonte: Santa Casa da Misericordia de Barcelos
