Quais as propostas dos candidatos à Câmara para os empresários?

A ACIB em parceria com a Rádio Cávado realizou terça-feira mais um debate com todos os candidatos à Câmara de Barcelos mais dirigido ao setor empresarial do concelho. O presidente da Câmara e candidato do PS, Miguel Costa Gomes, sublinhou que o Município tem vindo a levar a cabo uma “política amiga das empresas”, facilitando a sua implementação no concelho e deu como exemplo a Ambar, que anunciou uma nova unidade de produção em Barcelos. Sobre a questão do turismo, Miguel Costa Gomes considera essencial a construção de um hotel e adianta que há pelo menos três interessados: “É uma grande necessidade. Não um grande hotel, pelo que tenho falado com empreendedores da área, um  hotel entre 120 e 140 quartos. Posso dizer que neste momento há contacto com três potenciais investidores individuais, não se trata de nenhum grupo, são empresários individuais da área que já abordaram a Câmara no sentido de saber como a Câmara podia facilitar um investimento desta ordem. Da minha ótica, faz falta um hotel, mas é uma medida que tem que ser oriunda do setor empresarial privado”.

O candidato da Coligação Mais Barcelos, Mário Constantino, considera fulcral a conclusão da circular urbana: “Quando falo de obras estruturantes, digo que são elas que condicionam o desenvolvimento económico e são elas que o aceleram. Não compete à Câmara nem ao Governo fazer investimentos na área da economia das empresas, mas compete fazer investimentos que facilitem a localização das empresas e que, mais do que isso, facilitem que os empresários possam circular os seus bens. Para isso, é preciso concluir a circular urbana. É um constrangimento para as empresas, sobretudo as que têm exportação”.

Domingos Pereira, candidato do Movimento Independente – Barcelos, Terra de Futuro, propõe a criação de um conselho empresarial junto do Município: “Uma proposta que, para mim, é singular e imprescindível é a criação de um conselho empresarial informal junto do Município. O executivo municipal não se pode dar ao luxo de elaborar orçamentos, planos estratégicos de administração do território, como o PDM, os orçamentos municipais, a política de planeamento para candidaturas a fundos comunitários, estando de costas voltadas para o investidor, para o empresário”.

O candidato do Bloco de Esquerda, José Ilídio Torres, quer uma incubadora de empresa: “Há uma medida que considero fundamental para exponenciar todo o potencial industrial e empresarial que temos em Barcelos que é a criação de um centro embrionário de empresas que trabalhe junto dos institutos politécnicos, nomeadamente o IPCA e até junto da Universidade do Minho, e que possa ajudar àquilo que é commumente chamado de startups, ou seja ajudar à criação de pequenas empresas de âmbito tecnológico pois, nesse aspeto, temos muito potencial no IPCA”.

Mário Figueiredo, candidato da CDU, defende o apoio às pequenas e médias empresas e considera que o próximo presidente da Câmara de Barcelos tem que lutar pelo fim das portagens: “Criar locais ideais que permitam fácil acesso às principais vias rodoviárias e não só, também a pontos de escoamento como o Porto de Leixões e aeroporto. E há uma questão central que me parece esquecida nesta questão da mobilidade que é o dever do próximo presidente da Câmara lutar para pôr fim às portagens, porque é uma sobrecarga enorme para as empresas este custo que foi acrescido aos seus custos de distribuição”.

Vasco Santos, candidado do MAS, defende uma Câmara amiga das empresas, mas daquelas que sejam amigas dos trabalhadores: “Ouvi aqui dizer que a Câmara tem uma política amiga para os empresários. Se eu por acaso vier a ser presidente da Câmara, a Câmara terá uma política amiga dos empresários que sejam amigos dos trabalhadores. Ou seja, as empresas que tiverem uma política amiga dos trabalhadores podem contar com a ajuda da Câmara, às outras não iremos criar dificuldades mas não terão os mesmos apoios”.

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