Greve faz-se sentir no Hospital de Barcelos

A greve nacional dos trabalhadores da saúde está a ter impacto no Hospital de Barcelos. A adesão ronda os 80%, segundo Vasco Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte: “A adesão está a ser positiva, ronda os 80%. O bloco cirúrgico está fechado, a esterilização está fechada, nos pisos a greve, a nível de auxiliares, está nos 100%”.

A valorização das carreiras, as 35 horas de trabalho semanal e a contratação de mais pessoal são algumas das reivindicações dos trabalhadores. “As razões prendem-se com o facto de o governo não atender às necessidades dos trabalhadores e às suas justas reivindicações. Entre elas, as 35 horas para todos, porque ainda há uma grande parte de funcionários que trabalham para a função pública que não tem as 35 horas, a criação de carreira de auxiliar técnico de saúde, valorização e criação efetiva da carreiras dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, porque continua tudo na mesma, ou seja o governo criou a carreira, mas não a forma de acessar a ela, e também a contratação de mais gente para os serviços que estão, na sua maioria, abaixo dos mínimos, não têm gente que chegue”, enumera de Vasco Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, hoje de manhã à porta do Hospital de Barcelos, onde se concentrou cerca de uma dezena de funcionários em protesto.

Cristiano Ferreira, auxiliar de saúde há três anos no Hospital de Barcelos, fala numa situação incomportável para os trabalhadores: “Estamos a fazer cada um de nós o trabalho de dois ou três auxiliares. É inacreditável. Não temos pessoal, chegamos a fazer 17 horas diárias. No final de contas, recebemos 557 euros, que é o salário mínimo. É incomportável”.

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