O PSD acusa o presidente da Câmara de Barcelos e o Partido Socialista de “negligência política” sobre a Linha de Muita Alta Tensão que “pode resultar em prejuízos patrimoniais, ambientais e paisagísticos avultados para o concelho”. Em comunicado, a concelhia social-democrata afirma que a Câmara agiu tardiamente. “Só após a emissão da Declaração de Impacte Ambiental, o presidente da Câmara reuniu com o Secretário de Estado do Ambiente do Governo anterior, com o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, tendo pedido aos partidos representados na Assembleia Municipal para o acompanharem nessa reunião”, refere o comunicado.
O PSD insiste que, “nessa reunião, o presidente da Câmara apresentou um mapa com um ‘novo traçado’ e o Governo anterior tratou de fazer um novo Estudo de Impacte Ambiente para esse novo ‘traçado’ a pedido da Câmara de Barcelos”. Os sociais-democratas apontam, portanto, que Miguel Costa Gomes “faltou à verdade e afirmou várias vezes que não tinha entregado traçado alternativo, mesmo com os responsáveis da REN/Governo e as testemunhas dos Representantes dos Partidos atestarem o contrário”.
O PSD afirma ainda que “o presidente da Câmara teve encontros com o empreiteiro da obra”, pelo que “já estará tudo pronto para começar após as eleições e a Providência cautelar interposta pelo Presidente da Câmara não passa de um ‘faz de conta’ para adiar algum tempo e adormecer os barcelenses”.
O partido conclui que “não resta qualquer dúvida de que o Presidente da Câmara e o executivo PS não mostraram mestria no acompanhamento do processo, não negociaram com a REN as melhores soluções para Barcelos, o que pode levar a empresa a decidir arrancar com o projeto, com grande prejuízo para os barcelenses”.