A época da vacinação contra a gripe arranca, esta segunda-feira, em Portugal, tem dois milhões de vacinas disponíveis, 1,4 milhões para serem dadas gratuitamente a grupos de risco no SNS e cerca de 600 mil para venda em farmácias.
Este ano, pela primeira vez, as vacinas são tetravalentes, protegendo contra quatro tipos de vírus, quando até aqui protegiam para um máximo de três.
Este ano foram gastos 11 milhões de euros para 1,4 milhões de doses no Serviço Nacional de Saúde (SNS), quando no ano passado o investimento foi de 4,3 milhões para a mesma quantidade.
A vacina tetravalente faz aumentar a probabilidade de o conteúdo da vacina coincidir com os vírus que vão circular e há a expectativa de a vacina ser mais efetiva e cobrir mais hipóteses de variação do vírus da gripe em circulação, como já explicou a diretor-geral da Saúde, Graça Freitas.
Além das vacinas disponíveis para administrar gratuitamente no SNS a pessoas nos grupos de risco (como idosos ou alguns doentes crónicos), haverá ainda mais de 600 mil doses nas farmácias e que podem ser compradas mediante receita médica, com comparticipação de 37%.
A Direção-geral da Saúde (DGS) avisa que é impossível prever a gravidade da próxima época de gripe, sublinhando a importância de o país se “preparar o melhor possível”, sobretudo através da vacinação.
Além da vacina, é recomendado que os doentes crónicos consultem o médico assistente e mantenham a sua medicação atualizada, alertando que muitas doenças podem descompensar com a gripe, como o caso da diabetes.
Além disso, as pessoas devem tomar medidas de proteção contra o frio e estar atentas às recomendações que vão sendo dadas pelas autoridades de saúde.
No SNS a vacina é gratuita para os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, para pessoas residentes ou internadas em instituições, para pessoas com algumas doenças definidas, para profissionais de saúde do SNS e para os bombeiros.
A autoridade de saúde recomenda a vacinação aos profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, incluindo os bombeiros, recordando que têm “maior probabilidade de exposição e de transmissão da gripe a pessoas com maior risco de complicações”.
Nos casos em que é gratuita e fortemente recomendada, como idosos, residentes em lares e alguns doentes crónicos, a vacina não necessita de receita médica e dispensa também pagamento de taxa moderadora.
A DGS recomenda ainda a vacina a pessoas entre os 60 e os 64 anos, bem como a grávidas ou a alguns doentes crónicos.
A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.
(Notícia Agência Lusa)