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Braga vai ter “roupeiro solidário” na rua com agasalhos para quem precisa

Do roupeiro para as ruas, cinco cidades portuguesas, entre as quais Braga, vão transformar-se num “RUApeiro solidário”, em 22 de dezembro, com agasalhos quentes pendurados para quem precisa, anunciou esta quinta-feira o movimento Heat The Street. Ainda não foi divulgado o local exacto mas será junto ao centro histórico.

O momento de “troca direta”, em que as pessoas colocam um agasalho num cabide ou penduram com molas e deixam na rua para que seja recolhido por quem precisa, surgiu em 2015, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, através do movimento Heat The Street, que este ano se propõe a espalhar a ideia por todo o país.

Sempre nos assumimos como movimento e não como um evento e gostamos de pensar na ideia que poderíamos chegar a outras cidades, a outros bairros, a escolas e as pessoas podiam fazer o seu próprio evento, portanto inspiravam-se no Heat The Street”, afirmou Helena Carvalho, uma das responsáveis pela organização da iniciativa, referindo que este é o primeiro ano que a ideia é implementada em outras cidades além de Lisboa.

A ação nacional, “para que Portugal se torne num RUApeiro solidário gigante”, está marcada para 22 de dezembro, domingo que antecede o dia de Natal, e tem, até ao momento, organização confirmada nas cidades de Lisboa, Braga, Leiria, Covilhã, Viseu e Sines.

Com o objetivo de “chegar a mais pessoas e a mais locais”, o Heat The Street desafia todos os portugueses a participarem no RUApeiro, no sentido de “ajudar a tornar este Natal mais especial e mais quente para quem mais precisa”.

“Desde o início que o que quisemos foi procurar que as pessoas dessem alguma roupa que já não utilizassem, fossem ao seu roupeiro, ao sítio onde guardam a sua roupa, fossem buscar algo que já não utilizam e dessem para quem mais precisa”, disse Helena Carvalho, em declarações à agência Lusa, indicando que o balanço da iniciativa tem sido “muito positivo”, com “uma adesão crescente e emergente de ano para ano”.

Segundo a responsável do Heat The Street, “existem três maneiras de participar”, sendo que, para o fazer de “forma individual”, basta ter um agasalho a mais de que já não precisa, colocar num cabide e pendurar num local que faça sentido, “um local de passagem, que seja acessível, pode ser, por exemplo, um gradeamento, uma árvore”.

Além de individualmente, a participação no RUApeiro pode ser feita “em grupo informal ou organizando um evento coletivo”, em que a organização disponibiliza um ‘kit’ para eventos de maior dimensão, com todos os materiais publicitários, cartazes e etiquetas.

Os agasalhos, que podem ser casacos, camisolas, calças, mantas ou acessórios para mulher, homem e criança, têm de ser pendurados com uma etiqueta do Heat The Street, que está disponível na página do movimento na Internet para que os participantes as imprimam.

Quem precisa dos agasalhos pode, “livremente”, recolhê-los, reforçou Helena Carvalho, referindo que os bens que não forem retirados devem ser encaminhados para associações sociais e juntas de freguesia.

O movimento Heat The Street pretende que o RUApeiro se repita “por todo o país e até por outros países, se fosse possível, em qualquer altura que faça sentido”, frisando que a iniciativa se pode realizar em outras datas que não apenas o Natal.

“Dia 22 de dezembro é o dia Heat The Street – o dia de criar uma nova tradição natalícia: juntar os amigos, colegas ou familiares e sair à rua para fazer uma boa ação, levando agasalhos quentes que já não utiliza para pendurar pela vossa cidade/bairro para quem mais necessita!”, apelou a organização.

Para que seja possível ter uma dimensão da adesão, o movimento pede aos participantes para publicarem uma fotografia que retrate a ação de pendurar os agasalhos na rua nas redes sociais Instagram ou Facebook com o hashtag #heatthestreet e a respetiva localização.

(Notícia Agência Lusa)