A empresa barcelense Vilacelos, com sucursal em Cabo Verde, é a responsável pela reabilitação e requalificação do antigo Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, para que este possa ser considerado numa candidatura a Património da Humanidade.
A assinatura da consignação da empreitada foi festa esta quinta-feira, no antigo Campo de Concentração, pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas e a empresa barcelense.
A obra vai ter um custo de 29,5 milhões de escudos, o mesmo que 265 mil euros, e visa um dos requisitos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para a candidatura a Património da Humanidade.
O Governo de Cabo Verde pretende apresentar a candidatura num prazo de um ano. O investimento implica a substituição de telhados das antigas celas comuns e pavilhões, e a criação de um percurso pelo interior do antigo campo de concentração, levando ao reforço da componente de museu, entre outros trabalhos.
O Tarrafal recebeu mais de 500 pessoas, entre 340 antifascistas e 230 anticolonialistas. Destes, 34 morreram no local.
O ministro da Cultura, Abraão Vicente, destacou que o objetivo da obra de reabilitação e da candidatura à UNESCO passa por “transformar um espaço que era triste e que devia envergonhar” num local de “orgulho”, desde logo para a população do Tarrafal.