SCMB – Palestra e Classe de Pilates Clínico integraram OPEN DAY 2021

“A reabilitação não é feita só por uma pessoa nem duas nem três, o trabalho de
reabilitação deve ser feito por uma equipa multidisciplinar”. Foi deste modo que
Armanda Pinto, diretora clínica e técnica do Centro de Medicina Física e de Reabilitação
(CMFR) da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos (SCMB), sublinhou o trabalho de
fisioterapeutas, terapeutas da fala, ocupacionais e vários técnicos para dar apoio ao
doente com sequelas sérias” resultantes da COVID-19.
A médica fisiatra recordou que a COVID-19 é uma “doença viral sistémica”, com “várias
formas de atingimento, de assintomática a crítica”. Armanda Pinto atentou ainda que,
inicialmente, se pensava que “as sequelas eram só importantes no doente com
atingimento multissistémico, internamentos sérios, em unidades de cuidados intensivos,
principalmente a nível pulmonar, músculo-esquelético, cardíaco e neurológico, mas, hoje
em dia, os estudos mostram que mesmo as formas simples da doença deixam sequelas
durante bastante tempo, em muitos doentes”.
Na palestra sobre “Reabilitação Pós-COVID”, quatro profissionais da Misericórdia de
Barcelos testemunharam não só a intervenção da SCMB para fazer face às sequelas da
doença – e aí o CMFR tem o seu “papel importante” –, mas ainda a maneira como a
pandemia atingiu a instituição.
José Moreira, especialista em Medicina Geral e Familiar e médico em três lares da
Misericórdia de Barcelos, fez a retrospetiva dos últimos meses. Apesar das “realidades
muito distintas” nas diferentes estruturas residenciais para pessoas idosas da instituição,
os lares foram um “foco de preocupação constante”, por se saber que as pessoas de mais
idade e com várias patologias são mais frágeis.
Também por isso houve um reforço das equipas de fisioterapia nos lares, onde a
intervenção foi “mais necessária a nível da parte respiratória e músculo-esquelética”.
Tiago Tinoco, fisioterapeuta, destacou que “o papel do fisioterapeuta passa por reabilitar
e devolver função aos que se encontram desprovidos dela”. Já Sílvia Machado notou que
“o fisioterapeuta acompanha o doente desde a hospitalização mesmo até ao último
período de recuperação”. E, nos lares, a fisioterapia é muito importante pela
“recuperação articular e da mobilidade”.
No final da palestra, Nuno Reis, provedor da SCMB, sublinhou a experiência muito
própria partilhada em cada um dos testemunhos e reconheceu e elogiou igualmente a
“capacidade que cada um dos profissionais e voluntários da instituição teve neste último
ano e meio”, em particular, no pico da pandemia, onde muitos colaboradores, até de
outras áreas de intervenção, “se disponibilizaram e estiveram na linha da frente”.
No final da palestra, foram várias as pessoas que participaram numa Classe de Pilates
Clínico. Trata-se de um método de treino orientado por fisioterapeutas, para ajudar na
prevenção de lesões e na reabilitação física.

Fonte: SCMB

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