Manuel Mota defende “suspensão” de militantes que estiveram contra o PS nas últimas eleições

Manuel Mota é candidato à Concelhia de Barcelos do Partido Socialista. O ex-deputado da Assembleia da República avança contra Armindo Vilas Boas. Em declarações à Rádio Cávado, Manuel Mota diz que se candidata devido ao momento difícil que o partido vive a nível local: “Essencialmente, porque estamos num momento muito difícil no PS, resultado de um processo autárquico muito complexo conhecido de todos. E acho que é a altura, nos momentos difíceis é que temos que estar disponíveis para servir o partido e o concelho. Essa é a principal razão por que me disponibilizei para ser candidato”.

A candidatura de Manuel Mota tem o apoio do presidente da Câmara, mas recusa falar em fação e adianta à Rádio Cávado que Miguel Costa Gomes será candidato à presidência da Mesa da Comissão Política: “Não podemos falar em fação, essencialmente porque estamos a falar de todos aqueles que foram eleitos nas listas do PS. Miguel Costa Gomes é hoje, inequivocamente, a referência dos militantes do Partido Socialista, venceu por três vezes eleições, o que nunca tinha acontecido em Barcelos, e a última numa situação muito difícil. Venceu de forma inequívoca. É, para mim, um privilégio, tê-lo como apoiante, mas também como candidato. Miguel Costa Gomes será candidato nas nossas listas à presidência da Mesa da Comissão Política, bem como o vereador Francisco Rocha que será candidato ao cargo de secretário coordenador”.

Armindo Vilas Boas, o primeiro candidato assumido, mostrou-se contra expulsões de militantes que, nas últimas eleições, apoiaram outras forças políticas. Já Manuel Mota também afirma ser, por princípio, contra purgas no partido, mas defende uma suspensão da militância: “Em relação à questão estatutária, não sou de facto a favor de purgas e expulsões, mas sou a favor de quem em qualquer organização as leis tenham alguma validade. Portanto, acho que não há condições para aqueles que há três semanas estiveram contra o Partido Socialista se apresentarem já à vida ativa do partido. Acho que deve haver um período de nojo. Esse período devia ser resultante de uma suspensão de militância por um período que os órgãos do partido achem suficientes. Não sou a favor de expulsões, por uma razão, porque acho que ser socialista é mais do que ter um cartão, mas não é possível, até por respeito por todos aqueles que lutaram nas últimas eleições contra uma coligação e um movimento independente com objetivos claros de derrotar o Partido Socialista, que [quem apoiou outras forças políticas] de um momento para o outro volte para a vida ativa do PS como se nada acontecesse”.

O candidato à Concelhia do PS será entrevista na Rádio Cávado, amanhã, às 18h00.

A entrevista com Armindo Vilas Boas, o primeiro candidato a anunciar a candidatura, pode ser ouvida aqui.

 

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